domingo, 29 de julho de 2007

Insanidade

Descobri que se ao amor é verdadeiro existe sofrimento e que a dor deixa a vida mais alegre, é tão bom sofrer por amor dói lá no fundo e chacoalha o seu cérebro e sai tudo: os melhores poemas, superações, grandes êxitos e até vontade de escrever um livro, a gente se sente mais vivo. Mexe com o nosso interior e descobrimos coisas que nem sabemos sobre nós mesmos. Esses dias fazendo uma limpa no meu quarto achei alguns textos de uma época de dor. São até bons, mas deprimentes, hoje em dia tenho certeza de que nunca mais irei sofrer nem escrever aquilo. Os textos servem como link para a minha memória e são tão estranhos que não me reconheço mais neles. Acho que tomei uma distancia deles. Fiquei com vontade de sentir como eu me senti naquele tempo, somente para poder escrever mais e perceber como a minha vida evolui a cada mês, a cada dia. Estou à procura de novas dores e no momento a única dor que eu sinto é de dente.

Um diálogo da época:

Não estou contente, muito menos ausente.
Acaba comigo! Assume que não me ama!
Por que toda vez que me descobre se ausenta?
Não quero mais a sua insanidade
És louco, é pirado é estranho e é amado.
Não te quero, mas te querendo, não compreendo.
Que nem me entendo

Vai, vai e se vá, volte quando acorda!
E saiba a casa também é sua
Sentira aquela falta que você me faz
Lembrarei que não é a falta que se faz

Eternidade nem se dura, o amor não é capaz
Não é eterno, e porque se faz de terno?
E porque me mentes? E como me entende!
E como mesmo assim se entende?

Permita que vá, espero que a casa também seja sempre minha!
E vai, tenta entender que sou viciada em você.

Não quero que se fique, nem que se vá
Nem que se vá ou que se fique
Apenas quero que abdique.




Hoje em dia acho que a insana sou eu, por ter me permitido a sofrer tanto!

Um comentário:

Mah disse...

dor e amor não rimam por acaso.